Não deixes que a tua
armadura enferruje.
Principalmente no peito,
que é perto do coração.

Segura a espada,
larga o escudo,
pois medo não é proteção.
Permite que o sol bata na poeira
e o vento leve o sujo
do aço que te cobre.

Na loucura, só na loucura,
estarás liberto. O teu mito
é o sol, liberdade e céu aberto.

Maximiano Campos


Esses dias... tava arrumando uma bagunça e encontrei uma revista chamada Poética XXI, datada do ano de 2005.
A revista traz artigos sobre os 400 anos do Don Quijote de la Mancha, aniversário de Recife e Olinda, dia nacional da poesia, o cinema novo e o "novo" cinema brasileiro, o reconstrutivismo pernambucano, Nação Zumbi, mundo livre s/a, Orquestra popular de Recife, teatro... e mil coisas!
A revista é criação do IMC - Instituto Maximiano Campos.
Ah, e traz também coisas sobre o próprio... principalmente das suas poesias!
Daí... me lembrei do ano passado.
Recife. Bairro da Soledade ou da Boa Vista (depende do seu ponto de vista). Rua do Príncipe (é apenas Príncipe... poderia ser Rua do Príncipe Encantado, né?!). UNICAP. Bloco G. 6º andar. Sala 610. Cadeira de Filosofia... sendo dada por uma professora morta viva, mas morta do que viva (vale ressaltar).
A louca ( tbm só pode... é doudora nos estudos sobre Nietzsche) mandou que nós fizessemos um seminário e o meu grupo ficou com o tema: Maxiamiano e Ideologia.
Aí.... deu!
Quem é esse homem?!
Descobrimos que ele é o pai do nosso governador Eduardo Campos (e o povo dizendo q o pai dele era Chico Buarque só por causa dos olhos... povo é tudo igual!), recifense, começou a escrever muito novo e o seu primeiro romance publicado foi Sem Lei Nem Rei, transposto para a música por Capiba, com um longo prefácio de Ariano Suassuna, que analisava as qualidades de sua obra e o desenvolvimento da literatura nordestina. Infelizmente, a obra de Maximiano Campos ainda não ganhou a merecida projeção. Talvez tenha sido o preço que ele pagou por ter sido um dos mais solitários e arredios escritores de sua geração — a chamada Geração 65.
O cara é phoddaa... tanto na poesia quanto na prosa!
Enfim... Me lembrei do aperreio para fazer esse trabalho... mas no final deu tudo certo!
E outra... fiquei fula da vida... qdo encontrei essa revista.... minha vida estaria mais fácil naquela época com essa bendita.

Ah... e falando em Dom Quixote... entrei numa conclusão com meu tio... ele era esquizofrenico (é assim q se escreve esse palavrão?)
hehe
:DDDDDDD