Bem além do que se vê...

 "Quando você encontrar a outra metade da sua alma, você vai entender porque todos os outros amores deixaram você ir. Quando você encontrar a pessoa que REALMENTE merece o seu coração, você vai entender porque as coisas não funcionaram com todos os outros"

Rubem Alves

Sim. Tudo na vida tem o seu momento. Começamos o nosso agora. Ou diria há três anos? Há três anos  com interrogações, vírgulas e reticências?

Há três anos com infinitas possibilidades de vida, de elo, de encontro? A Eternidade com infinitas possibilidades de vida, de elo, de encontro? Destino? Coincidência? Encontro. Nosso Encontro!

Encontro engraçado! Digo engraçado mesmo (o Amor pode ser engraçado): A minha alma está nele. E vice-versa. Porque consigo senti-lo por todo meu corpo, por todas as vísceras. Sinto calor! O calor do Amor. O calor dele que me aquece, me mina. Engraçado, não?!

Sim. Engraçado porque pedi tando a Deus um Amor doce, quente e azul, e ele estava justamente ao meu lado. Ou melhor, na minha frente.

Sinto felicidade!

Sinto que posso ser verdadeiramente feliz, amada, protegida.

Sinto oscilações! Oh, Deus, por que me fizestes tão indecisa? Como é triste a incerteza. Como é triste a dúvida. Como é triste.

Engraçado esse paradoxo perfeito!

Engraçado porque ele não desiste de mim. Porque ele continua cuidando, olhando, regando, amando. Engraçado porque, graças a Deus, "tomo tento" e sinto felicidade, e sinto o Amor dele me envolvendo. E o amo! E eu só fico querendo plantar carinho no coração dele. Querendo cuidá-lo. Tê-lo. Aquecê-lo. Querendo ser a autora de todos os seus risos.

Que as oscilações acabem, se tornem mais Amor.

Que seja destino o nosso Encontro. Encontro sem vírgulas,  sem ponto final. Somente Amor, por favor!

:::Cama e Mesa - Erasmo e Roberto Carlos:::

Julieta, 

Perdi o meu Amor. Ele se foi! Não para perto de vocês. Ele está cá, vivo! Vivo entre os girassóis. Vivo entre o céu e a terra. Vivo entre as notas musicais. Perdi o meu Amor para o Tempo, para o Destino. Tanto que acredito que nunca o tive. Penso, às vezes, que já sabia do nosso final. Final que não foi com a nossa morte. Só eu morri.

Digo morri, porque já não tenho mais vida, não tenho mais alma. Só corpo.

Sinto-me que desde o seu distanciamento, perdi a visão, o olfato (que nunca tive, para ser sincera), o paladar, a audição, o tato. Só sentia-o. Só ele é sentido. Só ele é razão, cor, contentamento.

Tudo me dói, Julieta.

O corpo já não aguenta. Está perecendo.

O corpo já não sabe que direção tomar.

Amar verdadeiramente foi o meu erro. Porque Amor verdadeiro é eterno. E saber que vou me doer para sempre... (suspiro) me deixa triste.

Julieta, sinto falta dele. Porque ele, era eu. Sinto falta de mim. Principalmente, de mim!

Tornei-me coisa. Coisa incompreensível.

Por favor, Julieta, faça-me acreditar que serei feliz novamente.

Com tudo o que resta de mim,

RL

"Duvides que as estrelas sejam fogo,

Duvides que o Sol se mova,

Duvides que a verdade seja mentira,

Mas não duvides jamais de que te amo"

William Shakespeare

"...E nada existe em você que eu não ame

Sou metade sem você..."

♥Mainha♥

Minha velhinha, Feliz dia das Mães!!!

Como anda a sua autoestima?

A minha vai de mal a pior, companheiro!

Oh, negativismo! Oh, pessimismo!

Mas é a mais pura verdade.

À tarde, fiz um desses testezinhos de internet. Tudo para passar o tempo! O tema era autoestima e o resultado não me surpreendeu: Recupere seu Amor próprio. Era isso o que ele dizia (E, mais: "É hora de aprender a olhar para si mesma, pois autoconhecimento é a chave para valorizar o que você tem de melhor e aceitar que é possível conviver com as fraquezas e imperfeições que - todo mundo - tem. Pergunte-se do que precisa para ser feliz e descubra o que não quer, sem medo de errar.)

Eu bem me conheço (Graças a Psicanálise!). Já respondi incontáveis vezes a grande indagação perplexa: "Quem sou eu no mundo?". Disseram-me, uma vez, que quanto mais respondesse essa difícil charada mais forte ficaria. Meu problema não é autoconhecimento. Meu problema está na 'Sozinhez'. 

Sozinhez, palavra criada pelo incrível Paulo Mendes Campos. Ele (que escreveu uma das obras mais importantes, marcantes na minha vida e nos meus 17 anos) disse em "Para Maria da Graça" que a sozinhez era inevitável. Verdade! Nesse conto, ele também diz: "Foi o que Alice falou no fundo do poço: 'Estou tão cansada de estar aqui sozinha"'

Sinto-me como a Alice no País das Maravilhas. Também estou cansada de estar só. De estar cada vez mais só. De estar cada vez mais, no fundo do poço. Num poço estreito, escuro e sem fim. 

Estou cansada de ser incompreendida pelo mundo. 

O mundo não me compreende. (E não sou eu que estou errada nessa história. Não, não sou eu.)

O meu problema está na Solidão que bate em minha porta, senta comigo numa mesa de bar, bebe do meu copo e é a única que me dá um ombro.

...

O que eu preciso para ser feliz?

Preciso de um Amor azul. É disso o que eu preciso: De um Amor possível, doce, verdadeiro e meu.

Preciso de companhia. De um Amigo.

É dessa forma que conseguirei abrir a porta do poço.

(Quase tão horrível quanto a solidão, é perder seu texto e tentar refazê-lo. Acima, está alguma coisa que senti à tarde quando fiz o teste. Acima, está um pouco do que eu sinto.)

:::Primeiro Andar - Los Hermanos:::

O mundo é uma mesmice.

Sabe aqueles momentos na vida em que a gente acha o mundo uma porcaria só?

Nada tem sabor. Nada tem cheiro. Nada tem cor, nem Amor.

Como alguém, um dia, disse: "Sinto meus dias passando, apenas, como números que se sucedem."

Verdade! Os dias passam como números que se sucedem.

Mas, os meus dias já tiveram tons mais alegres. Já tive mil trilhas musicais felizes, dançantes e apaixonantes. Eu já fui mais feliz!

Hoje, trabalho. Trabalho. Trabalho.

Trabalho ponto

(Acabo de receber uma ligação. Poderia ter sido de um admirador secreto ou de um admirador não-secreto e que quisesse me encontrar em 23 minutos naquele mesmo lugar. Lugar que seria com paixão, sem espera, com prazer, com muito fogo. Lugar com dois corações apaixonados. Só para constar, esses corações apaixonados seriam o meu e o dele. Enfim, em vez de um amante, era o Trabalho. Hoje, num sábado com Sol, com nuvens e com chuva, recebi a ligação da única "entidade" que lembra de mim.)

É, mas quem me vê por aí, dirá, ao ler as frases acima, que é tudo mentira. 

Mentira! 

Tô cansada de companhias chatas, egoístas, de pessoas totalmente opostas a mim. Tô cansada de amores que não são amores, de paixões frias. Tô meio fatigada, como diria o Caio Fernando, de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis. (E acabo de pensar: Não. O problema não pode estar em mim. Não pode!)

Quero novos dias. Quero dias com flores e Amores de todas as cores. Quero ser feliz! Quero um Amor meu. Quero um Amor azul. Quero me perder por aí e não me achar. Quero ser feliz também! Quero meus dias passando como dias que se sucedem, mas com tempero, com um sorriso lindo no rosto e com braços abertos. Quero dançar com um único par. Quero ser feliz também! Quero planos de viagens, relatos de sonhos bem dormidos, uma, três ou mil e uma pegadas bem dadas. Quero ser feliz também! Quero uma única ambição na vida: Que o dia sempre termine bem! Quero um bom samba para embalar os sábados e, principalmente, os domingos. Quero ter um abraço, além colcha para os dias frios. Quero ser feliz também!

Sim. Hoje, eu tô um lixo, aflita e só.

Tenho Esperança!

Amanhã, o Verde dela trará junto com todas as outras cores do arco-íris, um Amor. Não, os do passado. Não, esses falsos amores que aparecem em dias ternos. Tenho Esperança de um Amor possível, doce, verdadeiro e meu!

E eu serei feliz também!

Certo dia, ouvi uma conversa sobre religião. Atarefadíssima com as minhas atividades laborais, não participei do papo. Mas ouvi! Era impossível, na verdade, não ouvir todas aquelas histórias.

Mas, o que me impressionou, naquela manhã quente e longa, foi a visão que eles tinham a respeito dos sonhos. Sim, os sonhos!

Um pastor evangélico, um espírita kardecista e uma católica discutiam e definiam o Sonho. Para mim (difícil explicar, mas no geral), sonhos são uma espécie de "filme" que passa em nossa mente com tudo o que  o cérebro registrou durante o dia. E mais, os sonhos são também o espaço onde podemos realizar todos os nossos desejos inconscientes. É mais ou  menos isso.

A definição que prevaleceu naquele dia foi a contada pelo kardecista. O colega de trabalho disse que nos sonhos há o encontro entre os espíritos encarnados e/ou desencarnados. Lá, no mundo espiritual, se pode realizar tudo, realizar tarefas, conversar ou qualquer outra coisa.

Ontem (18/04), tive um sonho com ele. Um bom sonho! Estávamos, mais uma vez juntos, como nos sonhos anteriores e como aconteceu, uma vez, no passado. Foi agradável! Ao acordar, vinha em mente tudo: ele, sentimento, prazer. 

Depois de curtir todas aquelas lembranças, recordei-me daquele papo de muitos dias atrás. Para mim, na minha crença, sonhei com ele, porque o desejava. Porque o queria ao meu lado. O meu sonho era a realização dos meus desejos. Mas aí, não pude evitar a lembrança e as inúmeras perguntas que me bombardeavam, do nada: E se fosse verdade? E se os sonhos forem mesmo o encontro dos espíritos? E se ele, na verdade, estivesse comigo? E se todo aquele momento agradável que tivemos em sonho era porque, também, ele desejava estar junto a mim? E já que não podíamos estar juntos fisicamente (seja pela distância ou pela diferença de rumos tomados), por que não estarmos juntos no mundo espiritual? Lá podíamos tudo! Podemos tudo. Éramos o Tudo. Era eu e ele unidos, juntos pelo destino, unidos pela alma. Lá não existe Tempo e tudo que passamos se tornava eterno.

(28/04)E se fosse verdade?

E, vira e mexe, essa pergunta volta a minha mente. Seria bom que fosse verdade. Seria tão bom! Seria quase perfeito!

Estarmos juntos seria perfeito!
(pelo menos em sonhos...)

"...No dia em que ocê foi embora,

Eu fiquei sentido saudades do que não foi

Lembrando até do que eu não vivi

Pensando nós dois..."

Lenine

Him!

E cachorros também. Eu vou inventar uma verdade sem problemas e um caminho doce pra poder voltar e catar todos os caramelos que tiraram de mim. E mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim…” 

~~Marcelo Camelo~~

De vez enquando (quase sempre), tenho saudade e vontade de perder aqueles cinco minutos do dia com você.

Eram os melhores momentos do meu dia!

São um dos melhores momentos da minha vida!

(L)

Ontem, de andada pela noite, refiz o mesmo caminho do meu último encontro com você. Coincidência! Mas ao ir, lembrava do frio na barriga que senti para te encontrar naquele dia. Só vinha você na minha mente. Ao me aproximar do meu ponto de chegada revi outros lugares, não da nossa última noite, mas o lugar que te senti pela primeira vez. Talvez o lugar que fui mais verdadeira com você. Sorrisos apareceram em meu rosto. De canto a canto. Eram boas lembranças.

Confesso que o que eu mais queria ontem era te encontrar, te tocar, te ter. (Confesso que penso muito em você. Mais do que se possa imaginar. Te sonho!)

Por um acaso, tive que refazer ao voltar para casa um outro caminho. Caminho, este, que também era nosso. 

Tudo me fazia recordar daquelas nossas noites. Tudo me fazia reviver.

Tudo me fazia pensar que eu quero você como ponto de partida. Tudo me fazia querer você como meu ponto de chegada! E só você!"

:::Deixar você - Gilberto Gil:::

E toda aquela euforia do Carnaval se foi!

E a Paixão também. (Paixão?! Engraçado! Nunca pensei que me apaixonaria por ele).

Paixão e Carnaval. Delírio e Festa. Tudo acabou em cinzas. Confesso que bem mais tarde do que se poderia prever. Tivemos mais dias juntos do que qualquer um poderia prever.

Foram dias intensos. Cheios de calor, sentimento, carinho. Tivemos cada um, o corpo do outro. Não o corpo inteiro. Não a mente inteira. Mas a metade dele consumia a metade de minh'alma. Queimava! Ele queimava meus desejos mesmo sem tomar meu corpo. E, quando tomava, era possível ver nos seus olhos a satisfação da minha 'boca, nuca, mão', umbigo. E meu corpo podia sentí-lo. Era feliz vê-lo se satisfazer em mim.

Mas, era euforia demais. Intenso demais. E tudo foi como uma queima, uma reação química. Tudo era uma queima de uma substância e um gás que no final liberam calor e luz, que no final liberam fantasias e desejos. E só!

Não tínhamos nada um com o outro. Juntos dançávamos em ritmos diferentes. Éramos de ritmos diferentes. Somos muito diferentes. E, como diria o Caio Fernando Abreu: "Mas foi bonito. Não tinha importância que não desse muito certo." E é exatamente isso. Foi bonito, foi quente, foi prazeroso e o nosso final não me é importante. Deixa-se lembranças, como o Carnaval. Mas só!

Para ser sincera, embora não pareça, sou uma pessoa que gosta de planejamentos. Prefiro avaliar caminhos, construir referenciais, antes de qualquer decisão. Até porque, são as decisões do presente que fazem o nosso futuro.

Este foi o meu primeiro Carnaval sem planos, sem sonhos. Tinha quase certeza que os bons dias de festa seriam todos de cinzas. Principalmente, a Segunda.

Segunda-Feira, dia 20 de fevereiro: Ah, como ela me faz falta! A minha boa velhinha. Um ano de sua partida. Sabe, o seu Amor segue comigo. Sempre! E mais vivo! Mas, mesmo assim, faz falta, há vazio. Dela em mim. Em nós! Já diria o Caio Fernando Abreu sobre uma carta escrita, em 1886, por Camile Claudel a Rodín: "II y a toujours quelque choe d'abient qui me tourmente". Mas, às vezes, não é alguma e sim, algumas. No meu caso, a segunda opção é a mais válida. Mas, neste dia, era só ela. (Pensando bem, as minhas Alquimistas também me fazem falta. E como fazem! E, em nenhum dia, de todos os dias da minha vida, elas estavam em segundo plano).

Pois bem, meu Carnaval não foi de cinzas. Muito pelo contrário, teve muita cor, confetes, serpentinas, fogos de artifícios, abraços e beijinhos. Amigos. E música. Muita música!

O estranho de tudo isso foi não planejar nada. E tanta coisa aconteceu. Coisas boas, e pequenas e grandes emoções.

O estranho, também, foi não ter controle de tudo o que acontecia. Principalmente, das emoções.

O Carnaval teve seu fim (Todo Carnaval tem seu fim), mas as emoções não e eu não sei o que fazer com elas...

Acredito que se houvesse o planejamento, essas coisas não teriam acontecido. Eu saberia, exatamente, o que fazer com cada lembrança. Indecisões, borboletas no estômago, provavelmente, não existiriam. Mas acredito, também, que se tivesse planejado, meu Carnaval não teria tido a beleza dos meus velhos Carnavais.

Foi perfeito!

:::É você que tem - Mallu:::

Mentira!

Me escreva uma carta sem remetente

Só o necessário e se está contente

Tente lembrar quais eram os planos

Se nada mudou com o passar dos anos

E me pergunte o que será do nosso amor?

Descreva pra mim sua latitude

Que eu tento te achar no mapa-múndi

Ponha um pouco de delicadeza

No que escrever e onde quer que me esqueças

E eu te pergunto o que será do nosso amor?

Ah! Se eu pudesse voltar atrás

Ah! Se eu pudesse voltar.

~~Thiago Pethit~~

Loucas ou tristes,

mas é tão bom, 

em meio às horas todas, 

pensar em ti, 

saber que tu existe...”

Se o Amor é como um grão.

Morre e nasce trigo.

Vive e morre pão..."

Enquanto isso, sonho.

Desejo.

Sinto!

"...Vou
Vou riscar no meu braço
Um pedaço de mar
Que você me deixou

E criar outra recordação
Do primeiro lugar
Que acordei pra te ver..."

~~Cordel do Fogo Encantado~~

^^