essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a), mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo (a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo (a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER.

Caio F.



Estou lendo uma seleção de crônicas do Caio que foram publicadas no Jornal O Estado de São Paulo. Pequenas Epifânias. É maravilhoso lê-lo. É triste também. Vejo-me na maioria das linhas. Vejo naquelas linhas a tradução dos meus sentimentos. E dói! Dói e, por isso, choro 'vezenquando'. Mas é só 'vezenquando'...



:::Acostumar - Marcelo Camelo:::