Estive doente
doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas,
da boca que disse poemas em brasa,
dos nervos manchados de fumo e café.
Estive doente.
Estou en repouso, não posso escrever.
Eu quero um punhado de esrelas maduras,
eu quero a doçura do verbo viver.




De um louco anônimo - transcrito por Caco Barcelos na reportagem "Crime e loucura", publicada na extinta Folha da Manhã, Porto Alegre, RS.