Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(Manuel Bandeira)

Um dia desses estava na casa da Érica conversando sobre algo que, hoje, não recordo. Ela comentou sobre esse texto, do quanto era incrível e de quanto era mais incrível seu querido professor interpretando.
A guria tentou achar, mas não conseguiu. Também, se ela conseguisse achar algo naquele quarto... (him!)
Enfim, ela recomendou a leitura.
E, ontem, enviou-me.
Hoje, o poema faz um sentido inexplicável. Bem diferente da semana passada. Dias tristes em que estava acordando e passando o dia todo em cólera!
Mas as coisas sempre melhoram. Melhoram também o jeito que analisamos as coisas, que analisamos os poemas (=D)... e que analisamos a vida.
Hoje, o poema não é tão triste, nem muito melancólico, nem dói...
A morte também pode ser uma bela musa!
Mas, por esses dias, fiquei mais apaixonada pela minha amante fugidia e involuntária: A Vida.