O sol estava batendo em você tão bonito, e brilhava no seu rosto, iluminava todos os meus pensamentos. Eu pensei que fosse ficar assim por um bom tempo, mas como a claridade, a escuridão também se mostra em você de forma freqüente. Não fazia a menor questão que tivesse me dito palavras tão doces, tão clichês, pra depois cortá-las pela raiz, parar de nutrir minhas flores.
Cresço também, como as pessoas um dia têm de amadurecer. Porém não espero mais sua maturidade, seu consolo, de forma alguma. Não espero mais o mínimo de carinho. Sinto falta de sua força, mas sei que ela nunca foi minha.
Agora é tarde, resolvi cuidar de mim e de minhas flores sozinha. Ou melhor, resolvi deixar cuidarem do meu jardim, e agradeço todos os dias pelo cuidado que têm. Pois foi assim, que recuperaram os cortes que você deixou. As pegadas que se foram, e tantos fingidos amores e mentiras ilusórias.Viro agora meus girassóis para um sol bem maior, mais bonito. Que me ilumina cada vez mais, segue meus passos e abre meu caminho florescendo tudo em volta.
E se fui a primeira a escolher minha estrada, temo ter chegado à uma encruzilhada. Mas agora cheia de flores e amores clichês, por onde posso escolher qualquer caminho pra ser o certo.
Obrigada.

[do Prosa Perdida, adaptado.]


Nem sei mais...
Mas hoje seria 7 meses.
Dele mais eu!
De eu mais ele!